A Linguagem da Natureza
By Alunos Metô on jul 24, 2010 in diversos, letras & artes
Reflexões após leitura de Fritjof Capra.
Nada é estático, linear ou encontra-se engessado. Nosso grande erro é entender as relações humanas como um sistema imutável, uma caixa de lados idênticos. Muito pelo contrário, nossas relações (extrapolando as relações a múltiplos cenários) fazem parte de um sistema não-linear, uma vez que pertencemos a um sistema vivo, complexo e cheio de ramificações interdependentes.
A sociedade atual, que preza a quantidade em detrimento à qualidade, e que maximiza no lugar de otimizar nos faz crer que o grão é a essência, porém, o que constitui a máquina motriz de nossas vidas é o sistema – com seus padrões e processos de interação. O grão é importante e essencial, mas é apenas uma parte desse sistema. Uma bactéria, uma folha, um músculo, os animais, nós e nossos microcosmos (casas, escolas etc) – tudo e todos fazem parte das comunidades de organismos, um sistema vivo interdependente.
Segundo Fritjof Capra, em Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável (Cultrix, 2006), essa forma de ver e entender o mundo permitiu o sustento dos povos tradicionais por milhares de anos, porém, hoje é difícil pensar em termos sistêmicos, pois a tradição científica encontra-se baseada no pensamento linear enquanto que os sistemas vivos são não lineares.
Para que possamos entender a sociedade de maneira não-linear precisamos mudar nosso ponto de vista, focando o todo, o contexto, o sistema. Segundo Capra: das partes para o todo; dos objetos para as relações; do objetivo para o contextual; da quantidade para a qualidade; da estrutura para o processo; do conteúdo para o padrão.
Em uma sociedade como a nossa, massificada e auto escravizada em busca da parte, do objeto e da quantidade, fica difícil observar a existência de uma rede – um fluxo dinâmico, porém equilibrado.
Distanciarmo-nos da natureza ofuscou a possibilidade do entendimento da rede. A observância do padrão de organização visto na natureza pode e deve servir de exemplo para nos entendermos como seres codependentes – eu e o outro, eu e o meio ambiente.
Para tanto, como membros desse sistema, devemos entender que cada parte da rede contribui com o objetivo comum, ou seja, nada é propriedade individual. Existem redes dentro de redes, microcosmos que espelham o que acontece lá fora, e mudanças em uma esfera envolvem uma ou mais esferas. Devemos aceitar a interdependência, e não o parasitismo – comum em uma sociedade acostumada em receber o produto pronto. A mesma sociedade que incentiva a padronização, esquecendo que somos seres plurais interconectados. Entender que fazemos parte de um sistema vivo significa aceitar que não estamos no topo da cadeia, mas pertencemos a uma cadeia circular, cíclica e dinâmica.
A sociedade atual, que preza a quantidade em detrimento à qualidade, e que maximiza no lugar de otimizar nos faz crer que o grão é a essência, porém, o que constitui a máquina motriz de nossas vidas é o sistema – com seus padrões e processos de interação. O grão é importante e essencial, mas é apenas uma parte desse sistema. Uma bactéria, uma folha, um músculo, os animais, nós e nossos microcosmos (casas, escolas etc) – tudo e todos fazem parte das comunidades de organismos, um sistema vivo interdependente.
Segundo Fritjof Capra, em Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável (Cultrix, 2006), essa forma de ver e entender o mundo permitiu o sustento dos povos tradicionais por milhares de anos, porém, hoje é difícil pensar em termos sistêmicos, pois a tradição científica encontra-se baseada no pensamento linear enquanto que os sistemas vivos são não lineares.
Para que possamos entender a sociedade de maneira não-linear precisamos mudar nosso ponto de vista, focando o todo, o contexto, o sistema. Segundo Capra: das partes para o todo; dos objetos para as relações; do objetivo para o contextual; da quantidade para a qualidade; da estrutura para o processo; do conteúdo para o padrão.
Em uma sociedade como a nossa, massificada e auto escravizada em busca da parte, do objeto e da quantidade, fica difícil observar a existência de uma rede – um fluxo dinâmico, porém equilibrado.
Distanciarmo-nos da natureza ofuscou a possibilidade do entendimento da rede. A observância do padrão de organização visto na natureza pode e deve servir de exemplo para nos entendermos como seres codependentes – eu e o outro, eu e o meio ambiente.
Para tanto, como membros desse sistema, devemos entender que cada parte da rede contribui com o objetivo comum, ou seja, nada é propriedade individual. Existem redes dentro de redes, microcosmos que espelham o que acontece lá fora, e mudanças em uma esfera envolvem uma ou mais esferas. Devemos aceitar a interdependência, e não o parasitismo – comum em uma sociedade acostumada em receber o produto pronto. A mesma sociedade que incentiva a padronização, esquecendo que somos seres plurais interconectados. Entender que fazemos parte de um sistema vivo significa aceitar que não estamos no topo da cadeia, mas pertencemos a uma cadeia circular, cíclica e dinâmica.
“A vida depende da vida.
Todos comemos e somos comidos.
Quando nos esquecemos disso, choramos;
quando nos recordamos disso,
podemos nutrir uns aos outros.”
(Preceito Budista)
Todos comemos e somos comidos.
Quando nos esquecemos disso, choramos;
quando nos recordamos disso,
podemos nutrir uns aos outros.”
(Preceito Budista)
fonte: Blog do Bérgamo
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