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Passione, Fred. Qual o próximo abalo aos Relações Públicas?

O caso acabou. Fato. É fato também, segundo @baldurquino (Pedro Souza Pinto), que “os protestos de estudantes e profissionais por causa de um “RP na novela” (ou em outros meios) não são novidade. Eu mesmo já acompanhei isso diretamente, se bem me lembro, quatro vezes nos meus pouco mais de cinco anos de formado. Ou seja, praticamente uma vez por ano”.

Pedro Baldurquino também alega que sempre que acontecem situações desse tipo envolvendo Relações Públicas, vê-se bater de pés, mas que não são relembrados casos anteriores e que não se buscam retratações à altura do embaraço.

Pois bem, mercadólogo com grande afinidade por Relações Públicas que sou, resolvi esquentar essa discussão.

Que eu lembre, pelo menos no meu ponto de vista que não sou um RP propriamente, o caso mais notório envolvendo Relações Públicas foi o último, da novela. Certamente, por se tratar da TV Globo e por vir em uma trama no horário nobre e também pelas ampliações e replicações dadas pelo Twitter, o que inclusive culminou no tratamento pelos maiores veículos de imprensa on e off-line, o que de certa forma também chamou os RPs mais desavisados para a “briga”, que passaram a escrever em seus blogs, a mandar cartas e comunicados à tal emissora e ao autor do folhetim. Mas, realmente, o que os conselhos e profissionais da área fazem ou fizeram para evitar que tais eventos não se repitam e que as retratações sejam satisfatórias? Afinal de contas, fala-se em gestão de crises, associa-se aos RPs, por outro lado, não é raro vermos pessoas que acham que um Relações Públicas é um sujeito bonachão, de sorriso aberto que participa de eventos e reuniões e que faz lobby; isso só pra ficar na metade do equívoco.

Acredito que grandes avanços vêm acontecendo no que tange a mudança desse panorama, desse estigma imputado aos RPs, que certamente incomoda muitos dos profissionais ligados à Comunicação. E essa mudança, até naturalmente, se dá e começa nos meios on-line, com estudantes e profissionais criando rodas de discussões em fóruns, colocando seus pontos de vista em blogs, engajando no Twitter e em outras redes sociais, entre outras formas. Mas isso não basta; é preciso que o grande público conheça mais e melhor sobre o perfil desses profissionais e o trabalho que desenvolvem, tão importante para a “saúde” de organizações, celebridades, órgãos governamentais e suas relações com seus públicos de interesse. E uma boa e grande oportunidade para isso e que foi perdida foi a de utilizar o meio pelo qual o equívoco e dano se deram, a TV Globo, para em pleno horário nobre, ao fim da novela de preferência, desfazer o mal entendido, com autor, conselhos, profissionais e estudantes da área se posicionando e esclarecendo. Isso só poderia acontecer se os conselhos fossem mais incisivos, apoiados pela área como um todo e partissem para outras esferas, extrapolando a diplomacia e pedindo uma retratação séria.

Em uma nota no site da Abril que trazia o desfecho do caso, apontando que o autor trocaria o cargo do personagem Fred, entre outras opiniões acaloradas, comentei: Leia +.

Newton Alexandria, no A Bordo da Comunicação

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  1. From Alunos da Metô | jul 22, 2010
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  5. From Alana Garcia | jul 22, 2010

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