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Jovem que criou mensagem preconceituosa contra os nordestinos no Twitter perde emprego e pode ser processada

“Quem fala o que quer, ouve o que não quer” – este é o ditado mais apropriado para ilustrar os últimos dias da vida de Mayara Petruso, a estudante de direito paulista que acabou criando uma confusão sem tamanho ao postar no Twitter uma mensagem ofendendo os nordestinos.

Se você não sabe, no último domingo, logo após a divulgação do resultado das eleições para presidente, vários usuários de redes sociais – sobretudo do Twitter – começaram a publicar mensagens críticas e ofensivas aos nordestinos. A motivação seria a quantidade expressiva de votos que a então candidata Dilma recebera nesta região. Em tom preconceituoso, as mensagens diziam que os nordestinos não tinham inteligência, eram feios, pobres e se “vendiam” por programas assistenciais do governo, como o Bolsa Família.

O curioso, é que mesmo sem a grande quantidade de votos que a presidente recebeu no Nordeste, ela conseguiria eleger-se. Além disso, a candidata também venceu o confronto com José Serra em estados como o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Neste mundo de mensagens, uma chamou mais atenção: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!“. Imediatamente a frase – e sua autora, a paulista e estudante de Direito Mayara Petruso, sentiram as reações de revolta e crítica.

Rapidamente, após a repercussão negativa do ato, Mayara removeu a mensagem, mas já era tarde demais, vários usuários do microblog reproduziram em telas capturadas a mensagem, que até hoje permanece disponível.

Já na segunda-feira, a conta da Mayara no Twitter não existia mais e nem mesmo seu pedido de desculpas no Facebook evitou que a seção pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil avaliasse a possibilidade de processar ela e outros internautas criminalmente por crime de racismo – descrito na atual legislação brasileira como crime de preconceito e discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Segundo matéria da Info Online, o caso repercutiu tão negativamente na vida da jovem que o escritório de advogados onde ela estagiava acabou desligando-a. Em nota divulgada à imprensa, a Peixoto e Cury Advogados repudia a atitude da ex-colega e lamenta que tudo tenha acontecido.

O Peixoto e Cury Advogados confirma que a estudante de Direito, Mayara Petruso foi sua estagiária, porém, não faz mais parte dos quadros do escritório. Com muito pesar e indignação, lamenta a infeliz opinião pessoal emitida, em rede social, pela mesma, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis.

Atenciosamente, Peixoto e Cury Advogados

Cada vez mais, a internet está deixando de ser um território sem lei. É bom pensar nisso antes de esconder-se atrás de um suposto anonimato para cometer atos que não faria identificando-se ou na vida real.

Fonte: O Buteco da Net

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