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Os vegansexuais e os bons carnívoros

 

Sarah Brown, a primeira-dama britânica, recusou comer vitela duas vezes na Itália, onde líderes mundiais como seu marido Gordon se reuniram na semana passada para debater grandes questões globais. Gordon Brown está por baixo, acossado por uma crise econômica feia no Reino Unido depois de ter afirmado messianicamente que salvara o mundo no ano passado, mas Sarah mereceu aplausos pela dupla negação à vitela na mesa.

“Bravo, Sarah”, escreveu uma articulista do Guardian. Ela definiu Sarah como uma espécie nova no mundo moderno: os bons carnívoros. São pessoas que, a despeito de comer carne, se preocupam com a sorte, o sofrimento dos animais abatidos. Os bons carnívoros dão uma clara preferência à carne oriunda de animais tão bem tratados quanto se pode ser no abate. E não abusam do consumo. Reduzem-no ao mínimo necessário. Comem seu churrasco ou hambúrguer, é verdade, mas sabem que um animal foi morto para que eles saciassem a fome. Quem sabe um dia se alimentem sem que bicho nenhum tenha que ser morto. É um plano às vezes remoto, outras próximo. Muitas vezes não se transforma em realidade.

 

Tecnicamente, modéstia à parte, sou um bom carnívoro.

Não, vitela não. Você já viu uma vitela viva? Mas como resistir ao cheeseburguer do Blooming, em São Paulo, ou ao do Gourmet Burger, em Londres? Não sou tão forte assim. Diminuo, modero, mas não elimino como um fumante que reduz o cigarro mas não abdica das tragadas depois do café. Um bife a menos faz diferença, como escreveu outro dia em seu twitter Yoko Ono. Concordo com isso e transformei já há alguns anos em prática. Leia +.

 

Paulo Nogueira no site da Época.

 

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