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Eu quero trote!

Será que eles foram obrigados a participar do trote? Está nas manchetes dos maiores jornais do Brasil, nos programas de televisão mais importantes, no cotidiano dos brasileiros. Desde a semana passada, o que mais se ouve falar é em violência, ignorância e abusos nos trotes das universidades por todo o país.

Gestante queimada, jovens que exageram no consumo de álcool, crimes contra pessoas indefesas. Para a maior parte dos grandes veículos do Brasil, a imagem passada é de que o trote universitário é diabólico e que os calouros são torturados e agredidos segundo os desejos sádicos dos veteranos.

Ninguém é maluco de negar imagens como as citadas acima. Tem muita gente que exagera na hora do trote, perde a razão e obriga bixos a se humilharem de diversas maneiras. O nome disso não é trote. É crime. Esses infelizes devem ser punidos com o rigor da lei.

Tudo o que foi escrito acima serviu apenas para deixar claro um ponto. A equipe Salseiro é totalmente a favor do trote clássico que as faculdades realizam, sem violência, com muita interação entre veteranos e bixos. As palavras chave da brincadeira são diversão e consensualidade.

Visitamos nada menos do que 13 campi de dez faculdades diferentes na grande São Paulo até agora. O saldo dessa grande peregrinação foi ‘apenas’ o sorriso estampado no rosto de veteranos e bixos e muita, mas muita descontração.

Para a maioria dos calouros é sim divertido ter o rosto pintado, é divertido ter o cabelo raspado e é divertido confraternizar com os outros alunos. Quem não gosta, simplesmente não participa, sem ônus, mas não podemos vetar ou execrar a diversão saudável de milhares de jovens. O trote trata de um rito de passagem, sempre existiu e, na humilde opinião do Salseiro, sempre existirá.

Por enquanto, nosso acervo dos trotes dessas universidades já ultrapassa 800 fotos. Quem tiver a paciência de olhar cada uma delas, perceberá que o que afirmamos aqui não é demagogia ou ‘miopia’.

Estivemos em todos esses lugares e não vimos essa violência e irresponsabilidade que outros meios de comunicação insistem em colocar como se fosse uma característica comum de quem organiza e participa de um trote. Aliás, não vimos violência alguma.

Dizer que o trote é violento é tão generalista como dizer que político é ladrão, que torcedor de futebol é briguento, que jornalista é mentiroso, etc. Cada assunto precisa ser tratado como merece.

O culpado pelos acidentes de trânsito não é o carro, mas o idiota que o dirige alcoolizado. O problema de alguns casos pontuais de violência no trote não é do trote, mas sim de meia dúzia de irresponsáveis sem educação. Chega de arranjar desculpa!

Os trotes que Salseiro cobriu durante as duas últimas semanas são dignos de parabéns para todos que participaram. Serviram para recepcionar os calouros e unir muita gente.

Essa é a mensagem que queremos passar para todo nosso público e também para quem insiste em rotular quem participa dos trotes. Quem faz trote é universitário, quem passa dos limites é criminoso.

Comente, divulgue, mande pra quem for possível esse texto. Não deixe o trote morrer!!!

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A Atlética de Comunicação Metodista assina embaixo o texto do Salseiro.
Trote sim. Imbecilidade não
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fonte: Salseiro [via Toca do Caranguejo]

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  1. From Alunos da Metô | fev 17, 2009

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